terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mulheres.

Vim aqui deixar minha profunda admiração por um ser digníssimo chamado: Mulher.
Á quem dera um dia que nosso mundinho fosse governado por uma mulher. O mundo seria mais delicado o gentil. Talvez menos sanguinário. Talvez não. Quem sabe a mulher também fosse corrompida pela mediocredade com a qual o homem foi? Talvez não.
Salvarei aqui minha profunda paixão por uma mulher chamada Cecilia Meireles. Mulher amável. Amarga pela solidão ( assim como eu talvez de forma diferente ). Marcada com os traços da segunda fase do romantismo e do simbolismo DENTRO do modernismo brasileiro. Grande mulher, grande poeta. Assim como os meus poemas, os dela gotejam sangue e lágrimas. Não vim aqui pra falar da vida dela, afinal isso você encontra em qualquer barraquinha de esquina. Não, vim ver através dos olhos daquela mulher. Através de sua pele fria e sem vida.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?


Cecilia Meireles

Direi a frase de Manuel Bandeira, mas direcionada à Cecilia:

"Não há gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus".

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