quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Calça 32 em um corpo 42.

Leitor, sabe quando você quer matar algo dentro de você e não consegue? É isso que está acontecendo comigo. Sim, mais um desabafo ridículo, espero que ninguém leia isso. Mas pense, leitor, como seria fácil simplesmente matar nossos sentimentos, e viver ao pé do raciocínio, não se importar com aquilo que sempre atrasa nossos pensamentos e nossa vida. Não, isso não é um desabafo de um fracassado no amor, seria uma coisa muito clichê sofrer por amor ( um certo tipo de amor específico , por um homem ou uma mulher que não te quer, sinceramente, já existe muito desabafo pra isso, sinceramente, é falta do que fazer ficar sofrendo por amor ). Bom, mas não é esse tipo de amor que eu estou sufocando, nesse momento o amor que sufoco é maior do que se possa imaginar, coloquei limites e isso está me trazendo dor... Gostaria que entendesse primeiro, o quê é dor.

Dor é uma interpretação à um estímulo nas terminações livres. Ok, mas o quê é realmente a dor que estou falando. É quando você sente que há algo no seu peito que não é orgânico, e que te incomoda MUITO. É um sentimento insuportável.

Eu não sei se faço bem ou mal em por limites nesse amor, leitor, nesse momento só sei que nada sei. O mais importante de minha vida é a felicidade de poucas pessoas, mais importante até mesmo de que a minha própria felicidade, por isso me permito sofrer. Bom, este é meu recado se hoje, espero que não leiam somente quando eu estiver debaixo da terra. Obrigado.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nada demais.

Parte II - Obsessões


Júlio acordava e via o irmão dormindo, sorria lentamente e fechava a cortina, seus livros de Biologia estavam espalhados pelo quarto, recolhia-os lentamente e os livros e o colocava encima da mesa. Olhou por um instante o irmão, pensava nas palavras de ontem.
Sentia exatamente o mesmo que o irmão sentia, Mateus se tornara algo vital, só que o amor de Júlio se estendia pelas palavras e atos, Mateus se expressava pelo olhar. Júlio era totalmente ignorante com o irmão, e ele retribuía o mesmo " carinho " mas no final eles sempre acabam se abraçando. Júlio se sentia encarregado de cuidar do irmão, mas se sentia um peso na vida dele. Algo que o preocupada constantemente. Seus pais estavam dormindo pela exaustiva noite de trabalho. Sorria certeiramete pro irmão, ainda inconsciente, como se tentasse ver os sonhos dele.
_ Te amo irmão...
Arruma-se pro colégio, pega sua bolsa rapidamente e vai pro quarto. Abaixa-se e acorda o irmão.
_ Mateus, você tem faculdade. Vai logo.
O corpo de Mateus se move por baixo dos cobertores, Júlio sorri e fecha a porta do quarto, e sai da casa com destino ao colégio médico.
Eram agora 9 horas, Mateus acorda completamente do seu estado beta. Seu humor estava extremamente irritado. Levanta-se com o corpo amassado pela cama e começa a se arrumar para a faculdade.
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2 dias depois... 11 horas
Era noite... a sombra alastra pelo quarto dos irmãos, Mateus se encontra em sua cama dormindo, Júlio estava no chão com vários livros de biologia abertos. Júlio não vestia camisa, seu corpo branco e magro só destacava o tórax desenvolvido pro atividades físicas em sua infância. Algumas gotas vermelhas pingam na janela. Uma faixa verde se forma na visão de Júlio. O livro de biologia começa a ficar turvo. Júlio se levanta e começa a andar errante até que tropeça e cai no chão com força. Revira os olhos lentamente, seu corpo suado começa a perder os movimentos. Até que com um milagre Mateus acorda e salta da cama.
_ Júlio!! - Mateus levanta o irmão e apoia em seus braços, deixando-o parcialmente deitado no chão, limpa parte do suor do rosto do irmão com as próprias mãos, ao sentir a respiração do irmão perto Júlio começa a se acalmar. Os olhos entreabertos de Júlio seguem os olhos assustados de Mateus em um ritmo lento. Mateus passa a mão sobre o rosto do irmão e tira o suor, passa os dedos sobre o lábio, seu rosto é levado por algum tipo de força a se aproximar... o vento frio parece tentar deter o rosto dele, mas nada acontece, os lábios se tocam, um arrepio dos pés a cabeça segue no corpo de Mateus, Júlio aparentemente sem nenhuma reação. Júlio havia entrado em colapso. Estava dormindo nesse momento. Inconsciente. Mateus não sabe o quê fez, só deita o irmão em sua cama e veste-se ligeiramente e se dirige até a varanda.
" O quê eu fiz? "
As ondas do mar ao longe traduziam perfeitamente os pensamentos de Mateus, seus olhos negros olhavam o mar e seus pensamentos iam e chegavam como ondas do mar eternamente em uma sintonia. Mas parecia com um maremoto. Seus pensamentos turvos, seu ato desesperado de tentar salvar o irmão. Algo que talvez fosse contra seu próprio princípio, mas que o fazia sentir bem, e mais unido ao seu irmão. Isso iria devastar toda a família caso soubesse, iriam acusá-los de incesto e pregá-los numa cruz, sentia-se culpado por ter feito isso enquanto o irmão estava inconsciente. Logo, um passo errante se dirige lentamente, Mateus perdido em pensamentos não percebe mais a figura que se aproxima. Um braço frio envolve a cintura de Mateus em um segundo e logo de forma involuntária olha.
_ Irmão!! - Mateus abraça-o com força. Sente o corpo ainda frio de Júlio.
_ Vai vestir um casaco - Júlio sorri.
_ Irmão eu tenho que te falar algo... - Fala Mateus cabisbaixo.
_ Tudo bem... - Os irmãos se dirigem ao quarto, o sorriso de Júlio deixava seu irmão meio sem graça. Seu olhar agora significava mais do quê as próprias palavras...
Enquanto o irmão se veste. Mateus pensa no beijo. Sentiu-se unicamente unido com o irmão. Algo que nem o mais longo dos abraços fizera...
_ Mateus? O quê queria me contar? - Júlio senta ao lado.
_ Eu... bom eu... - Algo o interrompe e o faz abrir os olhos de susto. Um abraço inesperado acontece.
_ Mateus... eu estava inconsciente, não dormindo. No momento em que você me beijou eu ainda estava semi-consciente...
_ Me perdoe... eu não queria te ofender irmão... eu só te sinto mais perto de mim... e eu s... - Algo segura o rosto de Mateus , os lábios se encontram mais uma vez, dessa vez os olhos de Mateus não se fecham, a princípio, nervoso começa a tremer. Mateus
_ Eu quebrei toda a minha cultura por você, não sei o porque disso nem pretendo saber. Mas se isso te faz sentir mais próximo de mim não importa, porque o quê me importa irmão é a sua felicidade. E que nosso laço se fortaleça - Os olhos de Mateus pela primeira vez em sua vida se alagam. Logo ele abraça o irmão longamente.


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Leitor, não julgue isso como incesto, afinal, os irmãos não sentem atração sexual mútua. Entretanto, a ligação é muito forte.

Forte abraço. Unknow Artiste.

A morte

A morte. 08/10/2009

Por quê eu não posso pensar que está simplesmente tudo bem?
Pela primeira ilusória felicidade abro um sorriso
Quando a ilusão acaba percebo que aquilo era só um sonho
E eu penso, que não vou sobreviver
Eu não quero, não vou derramar lágrimas!
Não posso me render a escuridão
Não posso deixar que ela me mate
Posso deixar que minha sanidade se vá
Eu preciso sonhar
E mais uma vez, talvez, sonhar pra nunca mais acordar.

Ainda sonho em ser importante para alguém
Sonho em ser vital
Preciso sonhar que ainda faço diferença
Preciso sonhar que o amor não é em vão

Não posso mais derramar lágrimas!
Por favor tire meus sangue, mas não tire minhas lágrimas
Para que um dia eu ainda possa chorar de felicidade!

O brilho dos meus olhos ficou perdido no espelho.
Que agora só reflete a escuridão dentro de mim
Preciso recuperar o brilho de meus olhos!
Para poder mais uma vez sonhar, e sonhar para nunca mais acordar.

Unknow Artiste.


Desculpe a ausência nesse meio tempo, leitores, eu sei que começar a ler um conto e não saber o final é irritante. Prometo que o terminarei o mais breve possível.

Se alguma alma santa lê essas postagens, o meus mais sinceros agradecimentos